Setembro do ano passado foi nublado, mas me trouxe o amor.
E veio bem numa época em que eu ‘tava querendo ser de ninguém, e acho que você também, e demorou pra gente se amarrar.
Fiquei com medo que você fosse ser só alguém de quem eu ia achar que gostei e acabei deixando sumir, e até pensei que isso seria o melhor, mas confesso que no dia em que a gente foi ao cinema pra ver “Up” e vieram aquelas cenas do casal Fredricksen, eu imaginei como seria ter uns 60 anos de vida pela frente pra te conhecer. Que louca, querendo passar o resto da vida com alguém que mal conhece. Mas foi involuntário; veio do coração.
E o amor não veio tranqüilo, não. Veio arrebentando. Veio me dando vontade de chorar a toda hora e me fazendo rezar pra não ter nada parecido com Frida Kahlo e Diego Rivera.
Mas quando foi correspondido, foi calmo, e bem no dia do meu aniversário. Naquela noite em que eu não quis te soltar e acho que você também não quis me soltar. Quando você me levou embora nas costas, no final da madrugada, me deixando sorrir feito idiota por ter limpado sua boca suja de um sanduíche do Subway um pouco antes.
E olha aonde a gente chegou, dividindo a cama quase todas as noites, as escovas de dente lado a lado num copo na minha pia e até cueca sua tem na minha gaveta dos pijamas. E eu sei que isso pode parecer clichê e tranqüilo (uma vez você me disse que todas as cartas de amor têm a palavra “clichê” no meio), mas meu coração ainda dança louco quando eu sei que vou te ver e minhas mãos suam quando ouço o elevador subindo, igualzinho àquela vez em que você foi à minha casa velha pra gente assistir àquele filme do Paul Rudd que eu nem lembro o nome. Acho que a gente precisa locar esse filme de novo.
eu quero sorrisos bobos, frases clichês, mãos suadas, filmes de animação e todas as outras coisas que parecem tolas, mas que são indispensáveis. Apesar de que, tirando você, tudo é dispensável.
Que amor de post! Honesto.
E que seja o primeiro ano de muitos. Felicidades p’ra vocês dois! 🙂
Beijos!