Posted in historinhas on 9 de março de 2007|
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– Mas que diabos, Catarina! A criatura apenas me ligou, e eu ainda fui duplamente grosseiro, pois não atendi, nem retornei nenhuma das vezes. Se eu tivesse que te esconder algo, teria deletado as malditas chamadas do telefone!
– Não me interessa. O fato de essa mulher andar te procurando me tira do sério!
Pedro e Catarina eram casados há dois anos. Tinham uma ótima relação, até Catarina descobrir que a antiga namorada do marido, Juliana, andava ligando para ele ultimamente.
Uma coisa que Catarina jamais aceitaria, era uma traição por parte de alguém que jurasse que a amava. Quando pensava na possibilidade de alguma, logo lembrava daqueles contos do Nelson Rodrigues e resmungava baixinho:
“Eu mato, eu mato!”
Olhou para Pedro com uma certa ternuna. O marido estava sentado no sofá, muito nervoso, batendo o pé no chão frenéticamente, e fumando um cigarro. O homem era um santo, jamais olharia para outra mulher que não fosse Catarina. Com exceção de sua mãe, e olhe lá…
Não, não era de Pedro que Catarina morria de ciúmes, nem de Pedro que temia uma traição. Era de Juliana.
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